1 de jul. de 2015

FEBRO? - ENTENDA PORQUE TEMOS FEBRE E SUA FUNÇÃO EM NOSSO ORGANISMO.

Febre (ou pirexia) é a elevação da temperatura corporal para além dos limites considerados normais (36° a 37,4°C). A febre não é uma doença, mas um sintoma. Até certo ponto, ela possui papel adaptativo positivo de defesa orgânica e não necessita de intervenção médica rápida na maioria dos casos.



 A febre é uma reação orgânica primitiva contra algum mal que esteja afetando o organismo. Geralmente é vista pelos médicos apenas como um sinal de que algo não está indo bem.
A sensação ruim que ela acarreta faz com que a pessoa descanse e poupe energia. Contudo, pode também desencadear consequências mais graves como as convulsões, em pessoas susceptíveis. Geralmente ela ocorre em resposta a substâncias pirogênicas secretadas pelos macrófagos, sendo a mais conhecida delas a interleucina. Essas substâncias pirogênicas liberam as PROSTAGLANDINAS que agem no centro termorregulador do hipotálamo, alterando-o.

Variação térmica

A temperatura corpórea considerada ideal varia entre 36ºC e 36,7ºC. Geralmente, ela é mais baixa pela manhã e mais alta no fim da tarde ou à noite. Alterações de até um grau podem ser absolutamente aceitáveis em condições normais. Nas mulheres, por exemplo, após a ovulação, durante o ciclo menstrual e no primeiro trimestre da gravidez, ocorre uma elevação natural da temperatura.

Os infectologistas estabelecem os seguintes limites para caracterizar a febre:
a)     de 37,3ºC a 37,8ºC – febrícula
b)     acima de 37,8º – febre

Medição da temperatura

A única maneira de ter certeza de que uma pessoa está com febre é medir sua temperatura com um termômetro, de preferência eletrônico. A maneira mais usual de aferi-la é colocar o bulbo do termômetro nas dobras das axilas e só retirar depois de cinco minutos para fazer a leitura.
A temperatura pode ser medida também no interior da boca ou do reto, parte do intestino grosso que termina no ânus. Nessas áreas, ela costuma ser um grau mais alto do que a medida nas axilas.

Diagnóstico

A maioria dos quadros febris é provocada por doenças infecciosas comuns e de curta duração. No entanto, como a febre pode também ser um dos sintomas de várias enfermidades diferentes, é indispensável estabelecer o diagnóstico diferencial para orientar a conduta terapêutica.
Em todos os quadros febris, é muito importante medir a temperatura três ou quatro vezes por dia e anotar os valores e horários correspondentes. Saber se os picos febris são altos ou baixos e em que horário se manifestam ajuda a identificar as enfermidades que possam estar envolvidas e a estabelecer o diagnóstico.

Quais são as causas da febre?

Além de causas infecciosas, a febre também pode dever-se a lesões teciduais extensas, inflamações, rejeições de enxertos, processos malignos, transfusões sanguíneas incompatíveis, doenças autoimunes, reações alérgicas, insolações, exercícios físicos excessivos, etc.
A febre é uma das causas mais frequentes de visitas aos consultórios pediátricos.
A ausência dela em situações nas quais se esperaria que ela estivesse presente chama-se apirexia e em geral se verifica em pessoas extremamente debilitadas, como idosos ou doentes em estados terminais.

Quais são os sinais e sintomas da febre?

O sinal principal da febre é a elevação da temperatura corporal. A pessoa febril geralmente apresenta sensação de frio, taquicardia, sudorese, calafrios, adinamia, sonolência.

Tratamento

Como a febre é apenas um sintoma, a escolha do tratamento está diretamente associada à  doença de base. Infecções por bactérias, por exemplo, podem exigir a prescrição de antibióticos, um tipo de medicamento absolutamente ineficaz quando o agente da infecção é um vírus.
Como já dissemos, em grande parte dos casos, a febre é provocada por germes causadores de infecções de curta duração (gripes, resfriados, algumas infecções intestinais, amidalites, pneumonias, etc.), que o próprio sistema de defesa do organismo consegue eliminar. Pesquisas recentes sugerem que a elevação da temperatura é uma estratégia benéfica do hospedeiro para reagir a agressões internas e externas. Portanto, em grande parte dos casos, não há necessidade de medicamentos especiais para tratamento da febre. Hidratação, repouso e remédios para aliviar os sintomas são medidas suficientes para o conforto do paciente.
Medicamentos antitérmicos, ou antipiréticos, devem ser utilizados com cuidado e quando absolutamente necessários. Sempre é bom ressaltar que doses muito altas de paracetamol podem agredir os rins e o fígado e que o ácido acetilsalicílico é contraindicado nos casos de dengue e de certas infecções virais das crianças.

Recomendações

A febre pode ser o sinal de alerta de uma doença que precisa ser tratada com rapidez. Por isso, procure assistência médica nos seguintes casos:
* Temperatura acima de 37,5ºC e abaixo de 35,5% em bebês com menos de três meses e superior a 39ºC em bebês com mais de três meses, ou se a febre alta ou baixa vier acompanhada de choro persistente e irritabilidade extrema;
* Febre que dura mais de um dia, acompanhada de dor de cabeça, irritabilidade, sonolência, dificuldade para falar, apatia (sintomas sugestivos de meningite) em crianças de até dois anos;
* Febre em pessoas de qualquer idade acompanhada dos seguintes sintomas; dor de cabeça forte e persistente, sensibilidade excessiva à luz; dor de garganta que impede a deglutição; vermelhidão na pele; nuca endurecida e dolorosa ao curvar a cabeça; confusão mental; vômitos repetitivos; dificuldade para respirar ou dor no peito; irritabilidade ou apatia ou sonolência; dores abdominais; dor ao urinar ou micção frequente em pequena quantidade.

 Fonte: http://www.abc.med.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário