18 de jun. de 2015

Tailândia detecta primeiro infectado pelo coronavírus Mers no país - O MUNDO ESTÁ EM ALERTA

ENTENDA O POR QUE DE TANTA PREOCUPAÇÃO COM ESSE VÍRUS E SE PODE CHEGA AO BRASIL.









O ministério de Saúde Pública da Tailândia informou nesta quinta-feira (18) que detectou o primeiro paciente infectado pela Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), o novo coronavírus, em seu país.
As autoridades, que não forneceram detalhes sobre o doente, indicaram que foram tomadas todas as precauções, caso ocorra um surto nas próximas semanas.
Entre essas medidas, está a verificação e o acompanhamento de pacientes que apresentem possíveis sintomas, assim como aqueles que tenham viajado recentemente para o Oriente Médio.
A Arábia Saudita é o país mais afetado pelo coronavírus, que foi levado por viajantes aos EUA e a alguns países europeus como Reino Unido, França, Itália, Holanda e Áustria, além da Turquia.
Atualmente, o vírus afeta a Coreia do Sul, que registra o maior surto fora do mundo árabe, com 23 mortes e 165 casos.
O vírus, que pode provocar uma grave infecção das vias respiratórias, pneumonia e insuficiência renal, apareceu pela primeira vez em 2012 e é uma doença para a qual ainda não há tratamento e vacina efetivos.

Saiba o que é coronavírus Mers e como ocorre a transmissão

Saiba o que é coronavírus Mers e como ocorre a transmissão JUNG YEON-JE/AFPA Mers é uma síndrome respiratória provocada por uma variante do coronavírus, identificada pela primeira vez na Arábia Saudita, em 2012. Entre maio e junho deste ano, a doença provocou a morte de mais de 15 pessoas na Coreia do Sul, deixando em alerta a Organização Mundial de Saúde (OMS). O órgão estima que 36% dos casos terminam em óbito.

Veja abaixo como se dá a transmissão da doença, quais são os sintomas, tratamento, possibilidades de prevenção, e quais as chances de o surto da Mers chegar ao Brasil.

O que é a Mers?
A Mers (Middle East Respiratory Syndrome) é uma síndrome respiratória provocada por uma variante do coronavírus altamente agressiva, denominadaMERS-CoV, identificada pela primeira vez em 2012, na Arábia Saudita. De acordo com a OMS, 36% dos casos de Mers evoluem a óbito.

Transmissão 

O contágio se dá por meio do contato próximo com pessoas ou animais infectados. De acordo com a OMS, a transmissão de pessoa para pessoa ocorre com o contato próximo com um paciente. O vírus, presente nas secreções respiratórias, pode ser transmitido por meio da tosse e espirro do paciente infectado.

Há indícios ainda de que, na transmissão de animais para humanos, os camelos sejam uma importante fonte transmissora. Estudos comprovaram que um vírus encontrado neste animais em países como Egito, Catar, Omã e Arábia Saudita era o mesmo que infecta o homem. Porém, ainda não foi comprovado que camelos, ou outros animais, sejam reservatório do vírus.

Sintomas
Os sintomas da doença são os mesmo de uma forte gripe: febre, tosse, dificuldade para respirar, diarreia e náusea. Em casos mais graves, a doença evolui para pneumonia, insuficiência respiratória, lesão pulmonar aguda, infecção generalizada, insuficiência renal e pericardite (inflamação no pericárdio, membrana que envolve o coração). 

Prevenção
Não há vacina. As medidas preventivas são semelhantes as do combate a gripe e incluem: lavar as mãos com frequência, cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar e evitar o contato com pessoas infectadas.

Tratamento
Não há remédio específico para a Mers. O tratamento é feito com medicamentos que aliviam os sintomas dos pacientes.
Quais os países mais afetados?
Mais de 400 mil mortes causadas pela Mers foram registradas entre 2012 e junho de 2015. Neste período, a doença foi identificada em 25 países da Ásia, África, Europa e América. Cerca de 85% dos casos, no entanto, foram verificados na Arábia Saudita.

O novo foco da doença agora é a Coreia do Sul, que está em alerta após a confirmação de mais de 15 mortos em função da doença e mais de cinco mil pessoas em quarentena, de maio a junho deste ano.

Quem corre risco?
Principalmente pessoas que visitaram a Península Arábica e a Coreia do Sul e, porventura, tiveram contato com infectados.

Há chances de chegar ao Brasil?
O risco existe, mas é mínimo, afirma o professor de Infectologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Luciano Goldani. 

De acordo com o infectologista, existe uma mobilidade muito grande para a Coreia do Sul (atual foco da doença), principalmente em função de negócios. Para que o vírus seja transmitido de uma pessoa para outra, no entanto, é preciso contato prolongado com pacientes infectados.

— O infectado se torna um transmissor quando já está muito doente, tossindo bastante. Nessas condições, em uma país que já está em alerta, ele certamente estará hospitalizado, não oferecendo riscos aos demais — afirma Goldani.

Mas, como todo cuidado é válido, o especialista alerta: pessoas que visitarem países com casos de Mers precisam estar atentos às medidas preventivas e, caso surjam sintomas parecidos com o de uma forte gripe, devem buscar ajuda médica imediata.
Fonte:http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/06/saiba-o-que-e-coronavirus-mers-e-como-ocorre-a-transmissao-4781896.html




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